domingo, 31 de julho de 2022

Franca, nação eleita por Deus para nela fazer suas maravilhas

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




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Os apóstolos e construtores da França perceberam desde os primórdios que o povo franco estava chamado a uma alta missão.

O Papa São Leão III instituiu o Sacro Império Romano Alemão na pessoa do rei dos francos, Carlos Magno, na festa de Natal do ano 800.

Alcuíno, abade de York,  se desempenhou como um Ministro de Educação e Cultura do império. Ele veio da Inglaterra e descreveu:

“Uma nova Atenas será criada por nós na França.

“Uma Atenas mais bela do que a antiga, enobrecida pelos ensinamentos de Cristo superará a sabedoria da Academia.

“Os antigos só têm as disciplinas de Platão como mestre e eles ainda resplandecem inspirados pelas sete artes liberais.

“Mas, os nossos serão mais do que enriquecidos sete vezes com a plenitude do Espírito Santo e deixarão na sombra toda a dignidade da sabedoria mundana dos antigos”.

A França batizada liderou a marcha ascensional da Civilização Europeia. Se as raízes da Europa são cristãs, é em grande medida por influência da França.

Nessa tarefa cristianizadora e civilizadora, os mosteiros franceses tiveram um papel relevante. Mas, nenhum foi tão importante quanto a abadia de Cluny, na Borgonha, que comemora mais de 1.100 anos desde sua criação.

Leia tudo sobre “Cluny, alma da Idade Média”. CLIQUE AQUI



Cluny foi chamada com justiça de “alma da Idade Média”. Ela foi fundada em 910 pelo Bem-aventurado Bernon em terras doadas pelo Duque da Aquitânia, Guilherme o Piedoso.

Foi regida, entre outros, por quatro Abades santos — Santo Odon, São Maïeul, Santo Odilon e São Hugo — que em dois séculos mudaram a face do continente.

 Cluny influenciava um conjunto que chegou a congregar por volta de 30.000 casas religiosas masculinoa e femininas na Europa toda.

Cluny, como demonstrou o Prof. Fernando Furquim de Almeida, liderou a vida religiosa medieval com glória e majestade .

“Cluny é verdadeiramente uma nova Roma”, registrou o historiador Delaruelle .

A Basílica de São Pedro em Roma foi construída com meio metro a mais da de Cluny para ser a maior da Cristandade.

“Não sei — diz D. Charles Poult — que entusiasmo, que voga, que moda salutar atrai todo mundo, Papas, príncipes e monges, a Cluny, como ao porto mais seguro. O estrangeiro se contagia: a Espanha e a Inglaterra.

“Cluny torna-se o guardião oficial da regularidade monástica. Um mosteiro decai na observância, o Papa o entrega ao zelo cluniacense. (São) Hugo parece ser verdadeiramente o Abade dos abades, e, com exceção do Papa, ninguém é comparável a ele na Cristandade” .
Queremos estudar os primórdios do Sacro Império Romano Alemão? Lá encontramos os cluniacenses dirigindo a Imperatriz Adelaide e ajudando com seus conselhos espirituais e políticos os três primeiros Otons, Conrado e Santo Henrique II a trabalharem pela restauração do Império de Carlos Magno.

É o Papado? Os cluniacenses lá estão para retirá-lo do opróbrio em que caíra nos séculos IX e X, e, cerrando fileiras em torno de um de seus monges, São Gregório VII, colaboram com ele na luta gigantesca contra o Imperador Henrique IV para afirmar a primazia do espiritual sobre o temporal.

São as canções de gesta? Cluny, com todo o seu prestígio, compõe, incentiva e propaga essas epopéias da Cristandade.

A reconquista espanhola? De novo os cluniacenses aparecem colaborando na luta contra os muçulmanos.

Anouar Hakem defende que Cluny “preparou as guerras santas, mais ou menos como os enciclopedistas prepararam a Revolução Francesa por um trabalho de educação dos espíritos”.

Delaruelle diz que se pode sustentar que “Cluny contribuiu poderosamente para a formação do herói das cruzadas. Os escritores cluniacenses celebravam as virtudes do cavaleiro que põe sua espada ao serviço da Igreja” .

Como negar que esse incomparável mosteiro modelou a Civilização Cristã com a perfeição com que hoje a conhecemos pela História?, concluiu o prof. Furquim.




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