domingo, 15 de novembro de 2020

O “homem Sainte-Chapelle”: Jesus Cristo, modelo perfeito

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Antes da Revolução e da confusão atual, havia na Igreja uma coisa curiosa.

Contemplando uma igreja, viam-se primeiro as várias partes, das quais depois se desprendia uma impressão de conjunto.

Por exemplo, na Sainte-Chapelle veem-se em primeiro lugar as várias formas, vitrais, colunas, imagens, cores, paredes etc.

Porém, em certo momento desprende-se de tudo uma impressão única que produz uma ressonância na nossa alma e nos faz exclamar: igreja é isso!

O mais íntimo de nossa alma encontra nela sua realização: uma antecâmara do Céu para a qual fomos feitos, para a qual nascemos e a qual queremos.

A alma do católico que quer ser inteiramente fiel procura instintivamente um homem que represente o espírito da Igreja para entrar em consonância com ele. 

A alma desse homem lembra a Sainte-Chapelle. Ele é um “homem Sainte-Chapelle”, que deve ser contemplado como tal.

Os fiéis chamados a participar da vocação desse homem devem saber contemplá-lo e entender que devem ser como ele, têm de o contemplar para poderem elevar-se à sua altura.

Esse homem perfeito é Nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. E, por reflexo, os Santos que se assemelham a Ele.

A tentação entra do lado oposto a esta contemplação. E Nossa Senhora diz: “Meu filho, renuncie à tentação!”.

Ora, é aí que, das cloacas da alma, surge um brado: “Isso não!” E este brado, quando consentido, vai corroendo a alma.

É curioso que existem do lado do mal uns homens e umas mulheres que têm uma peculiar forma de percepção do mal e dos meios de fazer mal aos que têm um chamado para a Contra-Revolução.

Homem perfeito e acabado é o Homem do Santo Sudário de Turim.

Que verdadeira maravilha!

O homem tem uma arma que é o olhar. Quão poucos homens possuem essa arma!

O olhar dos olhares, o olhar mais perfeito e como mais perfeito não há, é um olhar de pálpebras fechadas.

Santo Sudário de Turim
Santo Sudário de Turim
É um olhar sem vida, morto, é o olhar do Santo Sudário de Turim. Não há mais vida naquele semblante e as pálpebras estão fechadas.

Examinem o olhar. Nunca ninguém olhou daquele jeito.

Aquelas pálpebras fechadas olham mais do que qualquer olhar.

Como seria o olhar com que Nosso Senhor olhou a São Pedro, de tal maneira que São Pedro chorou durante a vida inteira até morrer, pelo fato de ter renegado a Nosso Senhor?

O último olhar que Nosso Senhor deu na Terra não foi para os monstros que o assediavam. Nem foi para as santas mulheres.

Nem para São João que estava ao pé da Cruz.

O último olhar d’Ele foi para Nossa Senhora. Ele, Deus, deitou nesse olhar um mundo de amor, de respeito, e veneração!

E como Nossa Senhora retribuiu esse olhar!

É o entendimento de almas recíproco!


Vídeo: Sainte Chapelle: imenso relicário feito de vitrais


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