domingo, 13 de setembro de 2020

A Luz de Cristo nos restos de tradições medievais

Catedral de Lichfield
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Tradição vem de tradere, que é transmitir. A tradição é a transmissão que vem do passado.

Mas a tradição não é para nós o que é, por exemplo, para o índio. 

O hábito de usar cocar, aquela coisa toda, no índio é tradição. Para nós tradição não é isso só.

Pela tradição, nós recebemos no fundo da alma um lampejo da Igreja, um luzimento da Luz de Cristo, ou Lumen Christi.

A Igreja é para nós uma espécie de Céu na Terra. Olhando-a e contemplando-a, a gente se sente convidado para entrar numa espécie de Céu da alma nesta Terra.

Tudo quanto é medieval e que estava nessa linha –é a nota tônica da Idade Média – está impregnado dessa luz.

A sociedade medieval, mesmo nos seus aspectos temporais mais infimos, tocando até no prosaico, tinha algo do Céu na Terra.

Por isso uma ogiva, um vitral, uma torre de castelo, uma batalha, a armadura de um cavaleiro, etc., etc., parecem ter algo de celeste.

Mont Saint-Michel

A Idade Média expirante deixou, entretanto, veios disso.

Esses veios a Revolução igualitária e sensual foi extenuando e empobrecendo, empobrecendo, empobrecendo, até nossos dias.

Porém, essa cintilação do Céu brilhando na Cristandade é a única influência que pode criar o ambiente plenamente adequado e próprio ao homem, aonde ele se sente aconchegado e elevado.

Esse brilho não é o único alimento para a vida espiritual: há em primeiro lugar os sacramentos.

Mas, para viver a vida terrena com espírito de Fé precissamos do alimento desse Lumen Christi que recebemos por obra da graça através da ordem cristã, a Cristandade.

Mestre pedreiro e aprendiz. Catedral de Chartres, vitral de São Silvestre
Ele é tão necessário para a alma, que se o homem se desinteressa desse Lumen Christi na ordem temporal para se ocupar só de sua vida espiritual individual, ele se auto-liquida.

A Idade Média foi para nós um exemplo palpável dessa impregnação, dessa presença palpável da Luz de Cristo, ou Lumen Christi, não só na hora de ir à igreja, mas em todos os momentos da existência das pessoas, das famílias, das cidades, das regiões e das nações.




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3 comentários:

Morg Ana disse...

Olá! Indiquei seu blog para o prêmio "Blog de Ouro".

Para participar, entre: http://borboletasaoluar.blogspot.com/


Fique com Deus!

Anônimo disse...

Vou add seu blog ao meu.
Muito lindo esse blog tb.

Pax Domini

Leandro disse...

Acabei de conhecer seu blog, quem dera os professores de história no Brasil procurassem ler um pouco dele antes de suas aulas cheias de pré-conceitos sobre a Idade Média.

Parabéns pelo trabalho

Pax et bonum

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